Meu 2017

O ano começou com dúvidas. Eu tinha acabado de sair do ensino médio e nem sabia se eu iria entrar na faculdade. O fim desse ciclo levou tudo o que eu conhecia como rotina embora, passei anos da minha vida sob aquela ótica e, o começo do ano foi mesclado com o fim de 2016, sem certeza nenhuma, o meu ano seria uma surpresa atrás da outra, eu não tinha nada planejado. 

A primeira lição importante: paciência. As coisas vão acontecer quando for o momento certo, você só precisa saber correr atrás do que quer e esperar. Uma das minha conclusões é que cada um está preparado em tempos diferentes e, que se alguém conseguiu algo que você quer, fique feliz pela pessoa e não chateado porque você nem sabe o quanto ele se empenhou naquilo e o quão apta para receber aquilo a pessoa está, talvez esteja até mais que você. Aliás, já pensou que isso pode ser um fardo pesado demais para você carregar no momento?

Depois de muitas dúvidas de como seria o meu futuro eu finalmente entrei nele. A faculdade chegou como uma onda de novidades. Conheci pessoas novas que são completamente incríveis e aprendi muito com elas. A cada dia tive mais certeza do meu amor pela profissão que escolhi, mesmo que ela seja tão apedrejada nas redes sociais. O jornalismo me fez aprender a explorar ainda mais a minha sensibilidade e a curiosidade. Fui a lugares inesperados para obter respostas para as reportagens que eu fiz e conheci realidades muito diferentes da minha. Percebi que "fazer amizade" com pessoas por ai pode render ganchos incríveis para matérias e não é "chato" como eu sempre achava quando a minha mãe ficava conversando no mercado. 

Me perdi, me achei e reformulei frases. Passei horas olhando para a tela em branco do notebook sem saber como começar um texto, sem saber qual palavra escrever para que não passasse nenhuma mensagem errada e fosse o mais imparcial possível. Descobri que não existe imparcialidade (pessoas ficam chocadas aqui), já que todos sempre vão preferir um lado e não há nada de errado nisso, é algo humano. O que existe é transmitir todas as versões de um mesmo fato e é isso que o jornalismo busca. Mas mesmo estando disposta a retratar todos os lados ainda temos que esperar semanas para que a fonte responda o email com a proposta de entrevista. 

Assim como muita gente entrou na minha vida, muita gente saiu, alguns de forma brusca e outros de forma lenta e continua. Eu consegui discernir entre boas amizades e algo que não me fazia bem, não que todos os que ficaram em 2017 fossem pessoas tóxicas, alguns a vida apenas seguiu de forma diferente da planeada. O que fica são os momentos com cada um e o aprendizado continuo.

Esse ano eu fiz tanta coisa que nem eu mesma esperava. Foi divertido, estranho e irônico. Uma coisa não tão inesperada, mas que também não foi desejada sempre: os meus 18 anos chegaram. Eu nunca fiquei pensando em como seria quando eu fizesse essa idade, mas é uma experiência interessante. A maioridade realmente abre portas, gente!

A segunda lição importante: vivam cada momento. Pra mim as coisas sempre tiveram que ser muito certas, teve um tempo em que eu planejava o meu dia inteiro e estava sempre pensando o que faria em seguida e acabava não fazendo nada de forma verdadeira. Hoje eu tenho consciência de que cada momento é único e deve ser vivido ao máximo.

No fim, 2017 acabou sendo um dos melhores aos da minha vida, indo contra as minhas próprias expectativas. 

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